(Foto: ALEGO )

Substância capaz de estimular o organismo a desenvolver imunidade a determinados patógenos, a vacina tem como objetivo proteger a população e impedir a propagação de doenças. Criada no Século XVIII, a partir de estudos realizados pelo médico inglês Edward Jenner para combater a contaminação da varíola, a invenção chegou ao Brasil em 1804, por meio do Marquês de Barbacena.

Considerada essencial para a manutenção da saúde do ser humano, desde o nascimento, a vacinação ganhou, no Brasil, uma data voltada à celebração e conscientização para a importância de sua prática: o dia 17 de outubro. O intuito é reduzir a taxa de internação e mortalidade causadas por determinados vírus.

Eficácia

De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), quando um agente patogênico infecta o corpo, as nossas defesas, chamadas de sistema imunitário, são desencadeadas e o agente patogênico é atacado e destruído ou vencido. Quando são produzidos os anticorpos específicos do antigénio, entretanto, esse sistema trabalha para destruir o agente patogénico e derrotar a doença. “Os anticorpos de um agente patogénico, normalmente, não protegem contra outro agente patogênico, exceto quando dois agentes patogênicos são muito semelhantes um ao outro, como se fossem primos”, explica artigo publicado no portal da OMS, a respeito da vacina.

“Quando o corpo produz anticorpos na sua resposta primária a um antígenio, também cria células de memória produtoras de anticorpos, que permanecem vivas, mesmo depois de o agente patogênico ser derrotado pelos anticorpos. Se o corpo for exposto ao mesmo agente patogênico mais do que uma vez, a resposta do anticorpo é muito mais rápida e mais eficaz do que da primeira vez, porque as células de memória estão preparadas para disparar anticorpos contra o antígenio. Isso significa que, se a pessoa for exposta ao agente patogênico perigoso no futuro, o seu sistema imunitário será capaz de responder imediatamente, protegendo contra a doença”, esclarece a publicação.

Conscientização por meio da informação

Presidente da Comissão da Saúde do Legislativo goiano, o deputado Gustavo Sebba (PSDB) destaca a importância da informação para a conscientização a respeito dos benefícios da vacinação. “A pandemia nos mostrou que a imensa maioria dos brasileiros se mobiliza pela imunização, mas também revelou uma parcela da população que está desinformada e descrente acerca da importância das vacinas, não apenas da covid-19, como de muitas outras doenças”, enfatiza o parlamentar, com a ressalva de que tal situação deve ser combatida por meio de esclarecimentos que devem ser prestados pelo poder público, de forma frequente, por meio de campanhas.

“Existe um ditado popular brasileiro que diz que “de graça, até injeção na testa”, e não chega a esse ponto, mas demonstra como o nosso povo adere bem às políticas públicas de saúde”, frisa o deputado. “É dever do Estado oferecer as doses, mas também cabe ao poder público tirar esse medo da população. O Dia Nacional da Vacinação chega, portanto, em boa hora. É o momento de intensificar a imunização contra a covid e também lembrar da importância de outras vacinas, especialmente para as crianças”, salienta Gustavo Sebba.

Atuação parlamentar

Na atual Legislatura, tramitam diversos projetos voltados à vacinação. Um exemplo é a matéria de nº 5240/19, de autoria do deputado Henrique Arantes (MDB). Em fase de primeira discussão e votação, a proposta tem como objetivo tornar obrigatória a apresentação do cartão de vacinação com as vacinas  em dia, para crianças e adolescentes que pleitearem vagas de CMEIS, escolas da rede pública e particular e para programas sociais em Goiás.

Também em fase de primeira discussão e votação, o projeto nº 1957/20, assinado pelo ex-deputado Diego Sorgatto (UB), visa incluir no calendário escolar a vacinação contra o Papilomavírus Humano (HPV) na rede de escolas estaduais. Desse modo, fica assegurado aos estudantes do sexo feminino, na faixa etária de 9 a 15 anos, e do sexo masculino, na faixa etária de 11 a 14 anos, ambos matriculados na rede pública estadual de ensino, o direito de receber todas as doses necessárias da vacina contra a doença.

De autoria do deputado Paulo Trabalho (PL), a proposta nº 2693/20, que também se encontra em fase de primeira discussão e votação no Parlamento goiano, visa autorizar o Poder Executivo a credenciar farmácias da rede privada de Goiás para proceder a vacinação contra a gripe em idosos. Criado meses após a chegada da pandemia de covid-19 no Brasil, a matéria tem como intuito evitar aglomeração nos postos de saúde, de forma que os riscos de contágio com o novo coronavírus sejam reduzidos.

Outras várias propostas foram criadas durante o período de alta da contaminação de covid-19 no estado, com o objetivo de diminuir disseminação do vírus e, consequentemente, o número de internações e óbitos. Os projetos são voltados para a aquisição e aceleração da vacinação à população goiana e, ainda, priorização de grupos considerados de risco, além de questões voltadas à conscientização e transparência acerca de pessoas imunizadas.

Todas as propostas voltadas ao tema, bem como seus andamentos na Casa de Leis, estão disponíveis no portal Opine Cidadão e podem ser consultadas neste link.