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Publicada em 03/03/23 às 15:20h
Dia Mundial da Obesidade
Este sábado, 4 de março, é considerado pela Organização Mundial de Saúde o Dia Mundial da Obesidade. A doença é considera doença crônica e representa um grande problema de saúde pública no mundo.

Assembleia de Notícias - ALEGO

 (Foto: ALEGO )

De acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS), a obesidade é uma doença crônica que constitui acúmulo anormal ou excessivo de gordura no corpo, sendo que sua prevalência vem aumentando sobremaneira em todas as faixas etárias nas últimas décadas e, atualmente, representa um grande problema de saúde pública no mundo por ser coadjuvante e aumentar o risco de várias doenças consideradas graves. 

Para conscientizar as pessoas sobre a importância da prevenção, tratamento da doença, e, ainda, estimular medidas para o seu enfrentamento, a OMS instituiu o Dia Mundial da Obesidade, que, anualmente, é celebrado nesse dia 04 de março. O intuito é promover discussões sobre a temática, pois a obesidade é uma doença silenciosa que atualmente vem se tornando um problema crescente em todo o planeta. 

No Brasil, de acordo com dados do Ministério da Saúde (2019), cerca de 20% dos adultos já apresentavam quadro de obesidade e 55% com excesso de peso. Além disso, cerca de 19% das crianças entre cinco e nove anos de idade e 24,5% das crianças entre 10 e 19 anos já apresentavam excesso de peso. Em Goiás, dados do Atlas da Obesidade apontam que a incidência está aumentando em praticamente todas as faixas etárias, especialmente pelos maus hábitos de vida incorporados na modernidade. 

Como consequência da obesidade, o número de cirurgias bariátricas apresentou um crescimento de 84,7%, entre os anos de 2011 a 2018. Em 2011, o País realizou cerca de 34,6 mil procedimentos dessa natureza. Somente no ano de 2018 esse número chegou a 63,9 mil cirurgias bariátricas. O levantamento da Sociedade Brasileira de Cirurgia Bariátrica e Metabólica (SBCBM) mostra que, no período pesquisado, o maior aumento aconteceu na rede do Sistema Único de Saúde (SUS). No total, nesses anos pesquisados, o número de cirurgias ultrapassou 400 mil.    

Para se ter uma ideia da evolução da obesidade, a doença, que antes atingia especialmente os adultos, começou também a ser vista na adolescência e agora, infelizmente, os dados mostram que já chegou na infância, indicando que o futuro pode ser ainda pior se não houver  uma política pública efetiva de combate à obesidade.  Isso porque muitas crianças já não têm mais tanto espaço para correr e brincar, outras ficam em casa reféns da insegurança instalada nas grandes cidades, e existe, ainda, a tentação dos jogos eletrônicos, programas de TV e celulares, que, literalmente, jogam as crianças no sofá, eliminando toda possibilidade de gastar calorias. 

Seu impacto também é percebido na economia global, pois é considerada o terceiro ônus social mais caro do mundo, atrás apenas do fumo e da violência provocada pelas guerras e pelo terrorismo. Segundo a Organização das Nações Unidas para a Agricultura e a Alimentação (FAO), a obesidade custa à economia global mais de US$ 2 trilhões a cada ano, quase 3% do PIB global, ou seja, ela tem potencial para se tornar uma grande ameaça para a saúde pública e privada em todo o mundo. 

O acúmulo de gordura generalizada na população tornou-se um problema de saúde pública, uma vez que as consequências para a saúde são muitas e variam do risco aumentado de morte prematura a graves doenças não letais, mas debilitantes, que afetam diretamente a qualidade de vida. Por outro lado, contrastando com a obesidade, dados mais recentes evidenciam que mais de 800 milhões de pessoas passam fome no mundo. Tanto quanto a obesidade, a fome é um problema para o qual parece não haver solução imediata, ao contrário, ela também continua crescendo, especialmente no Sul da Ásia e nos países da África subsaariana. No Brasil, o programa de transferência de renda, em 2023, prevê que serão beneficiadas aproximadamente 22 milhões de pessoas, para que possam colocar a comida na mesa.  

Muitas são as causas da obesidade

De acordo com o cardiologista e diretor de Saúde e Meio Ambiente da Assembleia Legislativa de Goiás (Alego), Lucas Nogueira Taveira Adorno, “são vários os fatores que contribuem para o desenvolvimento da obesidade, não existe apenas uma única causa”.  Ele atesta que os estudos revelam que a obesidade tem origem multifatorial que engloba diferentes dimensões: biológica, social, cultural, comportamental, emocional, de saúde pública e política. Ela decorre de interações entre o perfil genético de maior risco, fatores sociais e ambientais, por exemplo, sedentarismo, alto consumo de alimentos açucarados, grande ingestão de carboidratos e de alimentos ultraprocessados, sono insuficiente, dentre outros. 

O cardiologista chama a atenção para aqueles fatores que não estão sob nosso controle e não podemos mudar, tais como: os genéticos, os hormonais e aqueles relacionados ao ambiente onde estamos inseridos, o que faz ser um desafio perder o excesso de peso. Entretanto, ele alerta que “existem também os fatores que estão sob o nosso controle, dentre os quais destacamos: a atividade física, a alimentação balanceada e saudável, a qualidade de sono, as consultas médicas rotineiras, sendo esses fatores que podem fazer toda a diferença para reverter o acúmulo de gordura, evitando a obesidade mórbida, considerada ainda pior para a saúde”. 

“O aumento das doenças cardiológicas provocadas pela obesidade vem se mostrando assustador, lembrando que elas estão entre a segunda maior causa de morte”, detalha o especialista. Ele explica que todos esses excessos trazem um reflexo perigoso para o corpo, relacionando a obesidade ao aumento do risco para outras doenças, como as do coração (infarto e arritmias), acidente vascular cerebral (AVC), diabetes, hipertensão arterial sistêmica, doença do fígado e diversos tipos de câncer (como o de cólon, de reto e de mama), entre outras, reduzindo a qualidade e a expectativa de vida. 

Prevenção é a melhor saída

“É importante que o Governo, os profissionais de saúde e a sociedade em geral se unam para combater esse problema por meio de ações de promoção da alimentação saudável, atividade física regular e debates sobre o assunto. Por isso é fundamental que sejam seguidas medidas efetivas de promoção do tratamento da obesidade em todos os níveis da sociedade, desde o indivíduo até o governo, a fim de reduzir a prevalência da obesidade no Brasil e melhorar a saúde e qualidade de vida da população”, entende o novo diretor da Alego.

O Dia Mundial da Obesidade incentiva soluções práticas para ajudar as pessoas a alcançar e manter um peso saudável, realizar tratamento adequado e reverter a crise da obesidade. Há muito a fazer, incluindo restringir a comercialização de alimentos e bebidas com alto teor de gorduras, açúcar e sal para crianças; tributar bebidas açucaradas e proporcionar melhor acesso a alimentos saudáveis; abrir espaço para caminhadas, ciclismo e recreação seguros nas cidades; ensinar às crianças hábitos saudáveis ​​desde a infância.

“O tratamento adequado para a obesidade pode ser entendido como um grande desafio e exige acompanhamento de uma equipe multidisciplinar com um tratamento individualizado para cada pessoa, pois alguns fatores predominam mais ou menos em alguns indivíduos. O importante é que a família e a comunidade também estejam inseridas nesse esforço conjunto”, ensina Adorno.

O Ministério da Saúde também disponibiliza materiais técnico-informativos para o enfrentamento do excesso de peso e da obesidade no Brasil. O cidadão pode acessar facilmente o Manual de Atenção às Pessoas com Sobrepeso e Obesidade na Atenção Primária (APS), que possui muitas orientações práticas para o planejamento de ações e atendimento dos indivíduos com excesso de peso, no âmbito do SUS.  

Projetos na Alego tratam do tema 

Na Alego, parlamentares se dedicam também à promoção da saúde em Goiás, tanto com leis já aprovadas, quanto com projetos que enfrentam diretamente a questão da prevenção da obesidade e da vida saudável. 

Lei Estadual nº 21.354 (originalmente projeto de lei 1522/19), de autoria do presidente da Alego, deputado Bruno Peixoto (UB), já sancionada pelo governador Ronaldo Caiado, institui a Semana Estadual de Conscientização da Alimentação Saudável, a ser realizada, anualmente, nas proximidades do dia 16 de outubro, data em que é celebrado o Dia Mundial da Alimentação.

De acordo com o texto, durante a semana referida nessa lei serão desenvolvidas pelo poder público estadual ações que contribuam para o esclarecimento da população goiana sobre a alimentação saudável, seus benefícios e no que contribuem para a saúde da população. “A sociedade civil e o poder público poderão promover eventos incluindo, entre outras atividades, promoção de palestras, debates e divulgação educativa."

Já em fase de segunda votação está o projeto nº 2149/19, de autoria do deputado Karlos Cabral (PSB) propõe a criação de um cadastro de obesidade infanto-juvenil para alunos do ensino público estadual. O objetivo é realizar uma triagem daqueles que apresentam desvios nutricionais e/ou risco para doenças crônicas não transmissíveis. Com isso, as escolas podem encaminhar os alunos para o devido tratamento.

De autoria do deputado Wagner Neto, a Lei Estadual nº 21.768 (originalmente projeto de lei 4004/20), que também foi sancionada pelo governador do estado, propõe instituir em Goiás a Semana Estadual da Atividade Física. O parlamentar esclarece que, por meio de palestras e eventos, a data tem como objetivo “incentivar a prática de atividades físicas, bem como introduzir a reeducação alimentar, incluindo profissionais da saúde e da educação”.




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