
Mabel quer colocar culpa no servidor pelo caos na prefeitura, diz presidente do SindiGoiânia (Foto: SindiGoiânia)
O presidente do Sindicato dos Trabalhadores do Município de Goiânia (SindiGoiânia), Ronaldo Gonzaga, rebateu as declarações que apontam a existência de 21 mil servidores afastados na capital e acusou o prefeito Sandro Mabel de tentar responsabilizar os trabalhadores pelo caos na administração municipal. “A prefeitura tem 28 mil servidores. A máquina não funcionaria sem 21 mil. Esse número é irreal e foi inflado, principalmente porque considera dados de até cinco anos atrás, incluindo o período da pandemia”, afirmou Gonzaga.
A polêmica surgiu após uma denúncia ao Ministério Público de Goiás (MPGO), que apontava o elevado número de servidores afastados por licença médica ou outros motivos. O MP confirmou que a investigação está em fase inicial e que o objetivo é apurar o quantitativo correto.
A Secretaria Municipal de Administração (Semad) declarou que há cerca de 26 mil processos administrativos pendentes e uma fila de perícias médicas. A gestão atual realiza auditorias para verificar o número exato de afastados e mapear os motivos das licenças.
Por outro lado, Gonzaga reforçou que o número de servidores afastados não chega a 800 e que qualquer irregularidade comprovada deve ser punida. O sindicato enviou um ofício à prefeitura solicitando um levantamento oficial do número de afastamentos para esclarecer a imprensa.
“A nossa preocupação é com a verdade. Divulgar números inflados desrespeita os servidores e desvia o foco do real problema: a má gestão na prefeitura”, concluiu Gonzaga.