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Brasil

Publicada em 30/01/23 às 13:54h
30 de janeiro - Dia da Saudade
A data é para homenagear aqueles que partiram. A Alego traz uma recordação de ex-parlamentares que morreram durante a 19ª Legislatura. Foram 22 nomes que deixaram seus legados vivos no Parlamento goiano.

Assembleia de Notícias - ALEGO

 (Foto: ALEGO )

“E por falar em saudade, onde anda você?”. O questionamento, do poeta, cantor, compositor e também “saudoso” Vinícius de Moraes, na música “Onde anda você”, refere-se ao sentimento causado pela distância ou ausência de alguém. A "saudade", cuja palavra é de origem latina, ligada à solidão, remete à lembrança do que não está presente. E não se limita apenas a pessoas, mas abrange também lugares e momentos de algo que, de alguma maneira, permaneceu na memória, de forma positiva. 

Em outra melodia, por nome “Gostava tanto de você”, o também memorável cantor e compositor Tim Maia destaca a dor da saudade como o adeus não dito a alguém que marcou a sua vida e se foi sem deixar um porquê. Com várias sensações e razões particulares, a saudade ganhou, no Brasil, uma data de celebração. Embora não tenha sido instituído por lei, o dia 30 de janeiro é considerado o “Dia da Saudade”, celebrado, de forma informal, como um momento de relembrar e homenagear pessoas que partiram. 

Para marcar essa data, a Assembleia Legislativa de Goiás relembra a trajetória de  importantes ex-deputados que passaram pelo Parlamento goiano e faleceram ao longo da 19ª Legislatura, deixando seus legados. Ao todo, foram 22 mortes desde o ano de 2020. A maioria, causada pelo vírus de Covid-19. Destes nomes, quatro se destacaram como governadores do Estado. Confira abaixo a recordação, por ordem cronológica, dos saudosos ex-parlamentares da Alego:

Iram Saraiva

Natural de Goiânia, Iram de Almeida Saraiva faleceu em 9 de abril de 2020, em decorrência de um câncer. No Parlamento goiano, ocupou cadeira durante a 8ª Legislatura, de 1975 a 1979, pelo MDB. Foi também vereador na Capital, deputado federal e ministro do Tribunal de Contas da União e, ainda, senador constituinte por Goiás, de 1º de fevereiro de 1987 a 17 de agosto de 1994.

Em sua atuação profissional se destacou como professor de História, Português e Direito, em várias instituições educacionais goianas. Antes de partir, Iram atuava como docente universitário. No ano de 2019, lançou um livro de contos “Para Todo o Sempre”, no qual narra a perda da sua mulher, Cida, também para o câncer.

Antônio de Jesus Dias

Vítima da covid-19, Antônio de Jesus Dias faleceu no dia 3 de setembro de 2020. Anapolino, psicólogo, professor e ministro evangélico, o pastor e ex-deputado teve sua carreira política marcada por um breve período no Legislativo de Goiás, na 9ª Legislatura. 

Atuante na política goiana, sempre se dedicou às causas sociais, a exemplo do trabalho realizado enquanto diretor técnico da Fundação do Bem-Estar do Menor, em Goiânia, nos anos 80, e subchefe do Gabinete Civil da Governadoria do Estado de Goiás, durante o Governo de Ary  Valadão. 

Ao ingressar na carreira eletiva, no Legislativo estadual, na eleição de 1978, filiado ao PDS, ficou na suplência, assumindo, em 1980, a cadeira na Assembleia Legislativa. Já no pleito de 1986, foi eleito pelo PMDB para a Câmara Federal. Na eleição seguinte, ficou na suplência, assumindo a cadeira de deputado federal em 1991. 

Clarismar Fernandes

Natural de Goiânia, o advogado e professor Clarismar Fernandes faleceu em 24 de setembro de 2020, aos 79 anos. Contribuiu com a política goiana a partir de 1967, quando foi vereador da Capital pelo MDB até o ano de 1970. Em seguida, foi deputado estadual em Goiás por quatro mandatos, de 1971 a 1987, nas 7ª, 8ª, 9ª e 10ª Legislaturas da Casa de Leis, sendo o primeiro mandato pelo MDB, o segundo e o terceiro pela Arena e o último pelo PDS e PDC. 

Durante o segundo biênio de seu segundo mandato, de 1977 a 1979, ele compôs a Mesa Diretora, tendo sido o 1º vice-presidente da Alego. Ele foi também ouvidor-geral do Estado durante todo o primeiro mandato do então governador Marconi Perillo (PSDB), de 1999 a 2002. Em 1986, desfiliou-se do PDC e ficou sem partido até setembro de 2001, quando filiou-se ao PSDB.

Antes de seguir carreira política, foi professor de desenho e matemática na Escola Técnica de Comércio da Vila Nova, professor de prática, marcenaria e português na então Escola Técnica Federal (hoje IFG) e professor de português no Ginásio Municipal de Goiânia. Depois da carreira política, montou e coordenou um escritório de advocacia, que levava seu nome. 

Sebastião Viana

Vítima de complicações da covid-19, Sebastião Viana, conhecido como Tião Viana, faleceu no dia 10 de novembro de 2020, aos 69 anos. Natural de Bela Vista de Goiás, o político foi secretário da Prefeitura de Aparecida de Goiânia, tornou-se vereador do município e, posteriormente, deputado estadual, suplente do PMDB, na 11ª Legislatura, de 1987 a 1991. 

Um dos primeiros representantes de Aparecida de Goiânia a conquistar uma cadeira na Alego, Tião Viana afastou-se do Legislativo goiano em 31 de dezembro de 1988 a fim de assumir a Prefeitura de Aparecida de Goiânia, onde foi o chefe do Executivo da cidade, pelo PMDB, de 1989 a 1992. Sua esposa, Maria Laura Leal Viana, também faleceu vítima da covid-19, em outubro do mesmo ano.

Ibsen de Castro

Aos 82 anos, Ibsen de Castro faleceu no dia 30 de dezembro de 2020, também vítima da covid-19. Natural de Morrinhos, era formado em Economia pela Universidade Católica de Goiás (UCG) e exerceu diversos cargos públicos. Em 1958, aos 20 anos, foi fiscal de Rendas do Estado de Goiás. Em 1966 foi nomeado diretor do Departamento da Receita Tributária de Goiás. Em 1968, foi diretor da Rádio Brasil Central. Em 1971, foi estagiário na Escola Superior de Guerra, ao mesmo tempo em que virou superintendente do Cerne (atual Agência Brasil Central). No mesmo ano e até 1974 foi secretário estadual da Fazenda no governo de Leonino Caiado.

Depois que deixou a secretaria, Ibsen assumiu mandato de deputado estadual entre 1975 e 1983, pela Arena, sendo presidente da Assembleia Legislativa de 1977 a 1979, na 8ª Legislatura. Voltou à Secretaria da Fazenda no governo de Ary Valadão, entre 1979 e 1983. No mesmo ano, chegou ao Congresso Nacional como deputado federal pelo PDS. 

Entre 1995 e 1999, voltou à Alego novamente como deputado estadual, na 9ª Legislatura, desta vez pelo então PMDB, atual MDB. Era da base aliada do governo Maguito Vilela. Com passagem relâmpago pelo PPR, voltou ao PMDB e exercia, nos últimos anos, antes de sua morte, já aposentado, a função de agropecuarista em Jussara. 

Maguito Vilela 

Ex-governador de Goiás, Maguito Vilela morreu no dia 13 de janeiro, aos 71 anos, por complicações decorrentes da covid-19, após permanecer internado por vários dias na UTI do Hospital Albert Einstein, em São Paulo. Durante o período, o político foi eleito prefeito de Goiânia, em novembro de 2020, para suceder Iris Rezende na gestão da Capital. Tomou posse de forma remota, do hospital em São Paulo, e se licenciou do cargo até a data do falecimento, deixando a gestão do Executivo municipal nas mãos do atual prefeito Rogério Cruz.

Natural de Jataí, Maguito Vilela era advogado, professor e ocupou vários cargos na política goiana. Iniciou sua trajetória na vida pública sendo vereador na sua cidade natal, entre os anos de 1977 e 1983, pela Arena. Em 1979, transferiu-se para o PMDB, atual MDB, e, em 1982, elegeu-se deputado estadual de Goiás para a 10ª Legislatura da Alego, quando foi líder do Governo no Parlamento.

Pai do atual vice-governador do Estado, Daniel Vilela, Maguito foi, em seguida, deputado federal constituinte, de 1987 a 1991, vice-governador de Iris Rezende, de 1991 a 1994, governador de Goiás, de 1995 a 1998, e senador da República, de 1999 a 2007. Em 2004 venceu a eleição para a Prefeitura de Aparecida de Goiânia e foi reeleito em 2008. O último cargo eletivo foi para a Prefeitura de Goiânia, já no ano de 2020.

No Senado Federal, Maguito Vilela teve atuação destacada em importantes comissões da Casa Legislativa, como na Comissão de Constituição e Justiça e na Comissão de Assuntos Sociais, onde levou a sua experiência como o governador que implantou o maior programa social do País até então. O político também foi dirigente do Goiás Esporte Clube, da Jataiense e do Aparecidense, além de vice-presidente da Confederação Brasileira de Futebol e ocupou, ainda, em 2007, a vice-presidência do Banco do Brasil, nomeado pelo ministro da Fazenda Guido Mantega.

Mané de Oliveira

Radialista esportivo, o ex-deputado estadual Manoel José de Oliveira, conhecido como Mané de Oliveira, morreu no dia 13 de fevereiro de 2021, aos 80 anos, em função de um câncer no intestino. Natural de Pires do Rio, ocupou cadeira na Alego pela primeira vez na 11ª Legislatura, de 1987 a 1991 e, de novo, 28 anos depois, foi eleito à 18ª Legislatura, exercida de 2015 a 2019, sendo o mais votado com 62.655 votos. No quadriênio, o político foi eleito, ainda, vice-presidente da Casa.

Com 50 anos de jornalismo, atuou profissionalmente nas rádios Sagres, Difusora e Brasil Central em Goiânia, e Carajá, em Anápolis. Na televisão, trabalhou na extinta TV Goyá, com principal atuação no programa Goiânia Urgente, na década de 80, e na TV Brasil Central, onde comandou programas esportivos. Além disso, Mané também trabalhou nos jornais Cinco de Março, Folha de Goiás, Diário da Manhã e era proprietário da firma de publicidade “Rede de Assessoria e Propaganda Ltda”. 

Com a bandeira da Segurança Pública nas mãos, ele tinha como principal meta fazer com que a justiça fosse rigorosamente cumprida.  O assassinato do seu filho mais velho, o também cronista esportivo Valério Luiz de Oliveira, morto a tiros em 2012, foi o que o motivou a voltar para a vida pública. 

Adhemar Santillo

Adhemar Santillo morreu aos 81 anos, no dia 9 de março de 2021, após internação por quadro clínico de embolia pulmonar em sequela da covid-19. Natural de Ribeirão Preto (SP), era irmão de Henrique Santillo (governador do Estado de 1987 a 1990, falecido em 2002). 

Na Alego, foi deputado estadual na 7ª Legislatura, de 1971 a 1975. Em seguida, foi deputado federal por três mandatos, de 1975 a 1987. Licenciou-se da Câmara Federal, em 1983, para assumir a Secretaria de Educação do governo de Iris Rezende, na primeira gestão. Em 1985 candidatou-se a prefeito de Anápolis, sagrando-se vitorioso. No Governo de Henrique Santillo, seu irmão, foi secretário de Governo, de 1989 a 1990, e novamente disputou a Prefeitura de Anápolis em 1997, a qual administrou até 2001. 

Ao longo de sua vida escreveu vários livros. O último "Da Colônia de Cocais aos Palácios", publicado em 2016, Adhemar Santillo aborda fatos políticos fundamentais da história goiana do século passado, inclusive da passagem de seu irmão, Henrique Santillo, pela política do Estado. Ele era também proprietário e apresentador da Rádio Manchester, de Anápolis.

Helenês Cândido 

Aos 86 anos, Helenês Cândido faleceu no dia 17 de março de 2021, vítima de covid-19, que se encontrava, no período, no momento mais grave da segunda onda da pandemia. Natural de Morrinhos, foi deputado estadual por três mandatos e governador do Estado de Goiás de 24 de novembro de 1998 a 1 de janeiro de 1999. 

Foi prefeito de Morrinhos, pela Arena, de 1973 a 1977. Nesse período, foi presidente da Associação Goiana dos Municípios (AGM) de 1974 a 1975. Seu primeiro mandato de deputado estadual também foi pela Arena, de 1979 a 1983, na 9ª Legislatura. No segundo biênio do mandato, ocupou a vice-presidência da Assembleia Legislativa. 

Já no PMDB, atual MDB, foi eleito deputado estadual suplente em 1990, na 12ª Legislatura. Foi empossado em abril de 1994, efetivando-se até o final da Legislatura. Em 1994 foi eleito deputado estadual pelo PMDB. Em 1997 foi eleito presidente da 13ª Legislatura, permanecendo no quadro até novembro de 1998, quando afastou-se do cargo para assumir a  Governadoria do Estado por 37 dias. Em 2000 e 2001 foi presidente estadual do MDB. 

Léo Mendanha

No dia 6 de abril de 2021, faleceu, também vítima da Covid-19, aos 66 anos, Liosmar Evaristo, conhecido como Léo Mendanha. Natural de Inhumas, era filiado ao MDB e pai do prefeito de Aparecida de Goiânia, na época, Gustavo Mendanha. 

Na vida pública, foi vereador em Aparecida de Goiânia, de 1989 a 1992, secretário da Ação Urbana e Obras, de 1982 a 1988, secretário de Finanças do município, de 1992 a 1994. Já na Alego, foi deputado estadual nas 12ª e 13ª Legislaturas, de 1995 a 1999, e 1999 a 2003. Se candidatou ao cargo pela última vez, em 2006, quando ficou na suplência, com 7.889 votos. 

Abdul Sebba

Delegado aposentado e ex-deputado estadual, Abdul Sebba morreu no dia 9 de abril de 2021, aos 86 anos, por complicações causadas pela covid-19. Natural de Araguari (MG), o político cumpriu, na Alego, três mandatos de deputado estadual: na 13ª Legislatura, pelo PL, de 1995 a 1999; na 14ª, pelo PST, de 1999 a 2003; e na 15ª, também pelo PST, de 2003 a 2007, sendo, neste último, presidente da Casa de Leis. 

Durante seus mandatos na Alego, presidiu duas comissões parlamentares de inquérito. Uma que apurou irregularidades no caso Caixego e outra que investigou irregularidades nas concessões de linhas de transporte coletivo de Goiânia. Também presidiu a Comissão de Segurança Pública e Defesa do Consumidor e foi suplente da Comissão de Serviços e Obras Públicas e da Comissão de Desenvolvimento.

Como delegado, Abdul Sebba teve uma carreira marcante. Tinha fama de "durão" e de temido pelos bandidos. Na época em que estava na ativa, o comentário entre a população era de que, nas regiões sob sua jurisdição, o índice de criminalidade era sempre próximo de zero. Abdul fazia questão de declarar a forma como via os criminosos: "Bandido bom é bandido morto". 

Humberto Xavier 

Ex-deputado estadual e ex-prefeito de Quirinópolis, Humberto Xavier faleceu aos 87 anos, vítima de uma pneumonia. Nascido em 29 de setembro de 1933, era funcionário público federal e professor. 

Além de atuar como prefeito de Quirinópolis, entre os anos de 1970 e 1973, e ocupar o cargo de deputado estadual por três Legislaturas consecutivas, de 1975 a 1987, na 8ª, 9ª e 10ª Legislatura, Xavier também foi diretor administrativo da Caixa Econômica de Goiás (Caixego).  

Júlio da Retífica

No dia 30 de maio de 2021, faleceu, aos 66 anos, por complicações de uma pneumonia, o ex-deputado estadual Júlio Sérgio de Melo, conhecido como Júlio da Retífica. Natural de Araguari, o ex-parlamentar foi eleito deputado estadual para as 16ª e 18ª Legislaturas da Alego. Na primeira delas, em 2006, Júlio obteve 22.816 votos. Já em 2010, foi eleito com 20.066 votos. 

Mais tarde, em 2014, permaneceu na 1ª suplência, após obter mais de 27 mil votos nas urnas, sendo efetivado em dezembro de 2016, quando Valcenôr Braz foi indicado para o cargo de conselheiro do Tribunal de Contas dos Municípios de Goiás (TCM-GO). Durante sua trajetória política, Júlio também foi prefeito de Porangatu por dois mandatos, de 1997 a 2000 e de 2001 a 2004.

Valter Pereira Melo 

Aos 76 anos, Valter Pereira Melo foi a óbito no dia 28 de junho de 2021, após sofrer complicações renais. Natural de Jaraguá, exerceu, na Alego, mandato de deputado estadual na 10ª e 12ª Legislaturas, iniciadas nos anos de 1983 e 1991, respectivamente. Ele também foi prefeito do município de Ceres por quatro mandatos, entre os anos de 1976 e 2004. 

Médico formado pela Faculdade de Medicina da Universidade Federal de Goiás (UFG), em 1971, Valter Melo foi, ainda, secretário da Associação Médica de Goiás, regional de Ceres; presidente do Lions Clube de Ceres; vice-presidente da Associação Sãopatricense dos Municípios; maçom da Loja Dr. Álvaro de Melo, em Ceres; e diretor do Ceres Clube Recreativo.

Habib Gabriel Issa

Em 6 de agosto de 2021, faleceu o ex-deputado estadual Habib Gabriel Issa, aos 85 anos. Natural de Anápolis, era radialista e foi deputado estadual pela Arena na 8ª e 9ª Legislaturas, de 1975 até o ano de 1980, quando foi nomeado conselheiro do Tribunal de Contas dos Municípios (TCM). Antes disso, ele também foi chefe de Gabinete da Prefeitura de Anápolis na gestão do então prefeito Irapuan Costa Júnior, de 1973 a 1974.

Habib Issa foi também presidente da Federação Goiana de Basquete, fundador da Associação dos Cronistas Esportivos de Anápolis, locutor esportivo das rádios Brasil Central, Rádio Clube e Rádio Difusora, em Goiânia; e São Francisco, Carajá e Santana, em Anápolis. Ele ocupou, ainda, cargos de direção na Associação Atlética Anapolina e no Lions Clube de Anápolis. 

Ary Valadão 

Já no dia 9 de agosto de 2021, partia o ex-governador de Goiás, Ary Valadão, vítima de uma pneumonia. Natural de Anicuns, o político atuou como chefe do Executivo estadual, ao longo dos anos de 1979 e 1983. 

Valadão era formado em Direito pela Universidade Federal de Goiás (UFG) e pós-graduado em Criminologia e Balística. Filiado ao União Democrática Nacional (UDN), foi eleito prefeito de Anicuns em 1947 e 1954. Em seguida, foi eleito deputado estadual por Goiás em 1958 e 1962, nas 4ª e 5ª Legislaturas da Alego e, posteriormente, deputado federal por três mandatos consecutivos, de 1967 a 1979.

Wander Arantes

Aos 75 anos, faleceu, no dia 8 de setembro de 2021, Wander Arantes de Paiva, em decorrência de complicações da covid-19. Além de mandatos políticos, Wander Arantes era aposentado como conselheiro do Tribunal de Contas dos Municípios (TCM-GO), onde ocupou a presidência do órgão por cinco mandatos. Ele também foi chefe de gabinete da Secretaria de Interior e Justiça. 

Na vida pública, foi eleito deputado estadual para a 8ª Legislatura, de 1975 a 1979, ocasião em que foi integrante da Mesa Diretora, ao ocupar a 3ª secretaria, no período de 1975 a 1977, e para a 9ª Legislatura, de 1979 a 1983. Em setembro de 1980, renunciou ao mandato para assumir o cargo no TCM.

Goiano de Ipeguary, distrito da cidade de Santa Helena de Goiás, Wander Arantes era contador e jornalista, tendo concluído o curso de Jornalismo, na Universidade Federal de Goiás (UFG), em 1981. O político também foi membro da diretoria do Grêmio Estudantil do Colégio Pedro Gomes e um dos fundadores da Banda Marcial do Colégio Pedro Gomes, Campinas, Goiânia, presidente e secretário-geral da Associação Brasileira de Conselhos e Tribunais de Contas dos Municípios (Abracom), além de diretor da empresa Wacem – Consultoria de Empresas e Municípios.

Iris Rezende Machado

Um dos nomes mais marcantes da política goiana, Iris Rezende Machado morreu no dia 9 de novembro de 2021, aos 87 anos, por complicações de um Acidente Vascular Cerebral (AVC) que sofreu no início de agosto do mesmo ano. 

Nascido em Cristianópolis, o político foi líder estudantil, chegando a ser presidente do Grêmio Literário Castro Alves da Escola Técnica de Campinas, e do Grêmio do Colégio Lyceu de Goiânia, nos anos 1950. No fim da década, se elegeu o vereador mais votado da Capital. Exerceu o cargo até o ano de 1962, quando deixou o mandato para se candidatar a deputado estadual.

Foi eleito ao cargo pelo então PSD, extinto posteriormente pela Ditadura Militar, na 5ª Legislatura do Parlamento goiano, de 1963 a 1967. Logo de início, foi líder do Governo Mauro Borges, em 1963 e 1964. No biênio seguinte foi eleito presidente da Casa e comandou, em 1965, a eleição indireta do marechal Emílio Ribas Júnior a governador de Goiás, de 1965 a 1966. Logo depois, veio a cassação de Mauro Borges pela Ditadura Militar.

Na concorrência com o ex-governador José Ludovico, elegeu-se prefeito de Goiânia em 1965. Permaneceu na gestão da Capital de 1965 a 1969, quando também foi cassado pela Ditadura Militar em 17 de outubro de 1969. Teve cassado seu mandato e seus direitos políticos suspensos por dez anos, pela Junta Militar que governava o País. Quando cassado, dedicou-se por dez anos à advocacia, como advogado criminalista, atuando no Serviço Jurídico Associado, com um grupo de colegas.

Já na redemocratização, foi eleito governador do Estado, pelo então PMDB em 1982, com dois terços dos votos válidos, na maior votação já alcançada por um candidato a governador, até hoje não superada. Em 1986, último ano de seu mandato de governador, afastou-se do governo para assumir o Ministério da Agricultura, nomeado pelo então presidente José Sarney.

Em 1990 foi novamente eleito governador, estando à frente da gestão do Estado de 1991 a 1994, quando se desincompatibilizou para candidatar-se ao Senado. Foi eleito senador em 1994 e licenciou-se do mandato para novamente virar ministro. Desta vez, assumiu o Ministério da Justiça, na presidência de Fernando Henrique Cardoso. 

Iris reassumiu seu mandato de senador em 1998 e se candidatou ao governo de Goiás pelo PMDB, na eleição em que Marconi Perillo foi pela primeira vez eleito governador. Numa volta às origens, foi eleito mais três vezes prefeito de Goiânia, em 2004, 2008 e 2016. Em 2020, último ano de seu mandato como prefeito, anunciou aposentadoria da política.

Joaquim de Lima Quinta

Joaquim de Lima Quinta faleceu no dia 20 de dezembro de 2021, aos 88 anos recém-completados, por insuficiência respiratória. Nascido em 18 de dezembro de 1933 em Piracanjuba, era fazendeiro e auditor fiscal aposentado. Na vida política, foi deputado estadual de Goiás filiado à Arena, na 7ª Legislatura, de 1971 a 1975. 

Ele também foi  prefeito de Araguaína por dois mandatos, de 1977 a 1982 e também de 1993 a 1996. Antes, foi prefeito de Corumbaíba, de 1966 a 1969 e também presidente da Associação Goiana de Municípios (AGM) em 1969. Em 1986, foi candidato a vice-governador na chapa encabeçada por Mauro Borges Teixeira, e, ainda, auditor fiscal federal, carreira na qual se aposentou.

Wolney Martins

Aos 84 anos, o advogado e ex-prefeito de Anápolis Wolney Martins de Araújo faleceu no dia 24 de fevereiro de 2022, vítima de um infarto. Em sua trajetória política, foi prefeito de Anápolis em duas ocasiões e deputado estadual na 9ª, 11ª e 12ª Legislaturas. 

Em 1979, ele ocupou uma cadeira na Alego pela primeira vez, mas se licenciou do cargo em março de 1980 para assumir a Prefeitura Municipal de Anápolis. Foi prefeito de Anápolis, nomeado, em março de 1980, e ficou no cargo até 14 de abril de 1982, quando assumiu a Secretaria de Governo do Estado, na gestão do então governador Ary Valadão.

Em 1986, Wolney foi eleito suplente de deputado estadual. Em março de 1987, ele assumiu o mandato na Alego e três anos depois foi reeleito, desta vez, como deputado titular, em 1990. Em 1992, ainda no cargo de parlamentar estadual, ele se elegeu prefeito de Anápolis e exerceu a função por quatro anos, de 1993 a 1996.

Wolney Martins voltou a ser superintendente executivo da Secretaria Estadual de Minas e Energia de 1999 a 2002, na gestão do então governador Marconi Perillo. Tentou, ainda, ser deputado estadual em 2006, pelo PP, mas não foi eleito, terminando com 4.916 votos. Foi candidato pela última vez a um cargo público em 2012, quando não se elegeu vereador em Anápolis, ao receber 1.258 votos.

Wolney também foi delegado regional do Serviço Social da Indústria (Sesi) em Anápolis, delegado da Federação das Indústrias do Estado de Goiás (Fieg) e secretário executivo da Associação Comercial e Industrial (Acia) de Anápolis.

Iso Moreira

Após nove meses internado por complicações da Covid-19, Aloisio Moreira dos Santos, conhecido como Iso Moreira, faleceu no último dia 4 de novembro de 2022. Nascido em Mambaí, município do Nordeste goiano, se consolidou, ao longo dos anos, como um dos maiores nomes no cenário político da região. Apelidado por “Leão do Nordeste”, iniciou sua trajetória como prefeito em Simolândia, na gestão entre os anos de 1993 e 1996. 

Durante o seu mandato, reestruturou e organizou todo município com obras em diversos setores: saúde, educação, habitação e infraestrutura. Candidato a deputado estadual pela primeira vez em 1998, Iso obteve 14.680 votos e ficou na suplência, assumindo o mandato, posteriormente, em 2001, na 14ª Legislatura. Em 2002, foi eleito com 19.470 votos à 15ª Legislatura. Em 2006, consagrou-se nas urnas para o seu terceiro mandato, na 16ª Legislatura, com 29.799 votos. 

Em 2010, foi reeleito à 17ª Legislatura com 25.566 votos e, em seguida, à 18ª, no ano de 2014, com 37.340 votos. Em 2018, com 24.963 votos, conquistou o seu sexto mandato na Alego, onde também tomou posse na Mesa Diretora, sendo reconduzido para a 4ª secretaria da 19ª Legislatura da Casa de Leis. 

Joaquim Olinto de Jesus Meirelles

Já no último mês do ano de 2022, no dia 18, faleceu o ex-deputado Joaquim Olinto de Jesus Meirelles, aos 90 anos. Pai do deputado Cláudio Meirelles (PL), Olinto era formado em Direito pela Universidade Federal de Goiás (UFG) e foi um dos pioneiros da advocacia eleitoral em Goiás. 

Natural de Luziânia, teve uma trajetória política marcante. Foi eleito pela UDN para a Assembleia Legislativa na 5ª Legislatura, entre 1963 e 1967. Em janeiro de 1964, teve seu mandato cassado e os direitos políticos suspensos por dez anos, pelo regime militar, por meio do Ato Institucional nº 1. Em 1979, ocupou o cargo de secretário de Governo de Goiânia.

Na vida pública, foi autor do projeto de lei que criou o município de Aparecida de Goiânia. Ele exerceu, ainda, o cargo de secretário particular do gabinete do ministro da Justiça e Negócios Interiores, entre 1961-1962. Aposentou-se em 1983, aposentou-se como procurador do Estado.

Ainda quando estudava Direito, o político foi também líder estudantil, jornalista, sócio fundador da Associação Goiana de Imprensa, presidente do diretório regional da UDN, assessor jurídico do antigo Idago, presidente regional do PDT, funcionário dos Correios e Telégrafos e conselheiro da Ordem dos Advogados do Brasil, seção Goiás.




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