Segue até a próxima sexta-feira (26) o teste público de segurança das urnas eletrônicas feito pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE). A medida faz parte de um conjunto de testes para comprovar a segurança do voto eletrônico no Brasil. Nesta fase, a sexta do procedimento, 26 investigadores vão colocar em prática 29 planos de ataque aos equipamentos e sistemas para tentar encontrar eventuais fragilidades. De acordo com o TSE, o número de inscritos para realizar o teste este ano é recorde.
O Tribunal colocou à disposição dos participantes, computadores, urnas, impressoras, ferramentas e outros instrumentos no terceiro andar do edifício-sede da corte eleitoral, em Brasília. Kenedy Vasconcelos é um dos investigadores do TSE e explicou como os testes são feitos. “Os testes que nós participamos, juntamente com os técnicos, não são testes de falha de urna, mas teste de operacionalização deste sistema, de como os sistemas rodam para vir para o banco de dados da totalização de votos, como isto funciona em caso de urnas pendentes. Nessa semana nós pudemos ver como funciona por trás dos bastidores e vemos que realmente existem vários mecanismos para proteger e blindar a urna eletrônica”, ressalta.
O presidente do Tribunal, ministro Luiz Roberto Barroso, destacou que a corte também está de olho em movimentos que acusam a urna eletrônica de ser um meio fácil de ser fraudado. “Nós temos muita preocupação de distinguir crítica de ataque. A liberdade de crítica é ampla e irrestrita. Em uma democracia, ninguém está imune a críticas e qualquer pessoa pode não gostar do sistema, dizer que ele é muito ruim e querer outro. Isto é uma coisa. A outra coisa é você ter grupos financiando ataques às instituições democráticas visando descredibilizá-las. E quanto a isto, podem haver providências de natureza criminal e houve, recentemente, um movimento muito importante, que foi a desmonetização desses sites”, afirma o ministro.
Em outubro deste ano os participantes examinaram os códigos-fonte da urna eletrônica e do sistema eletrônico de votação para elaborar as estratégias que usarão durante o novo teste. As urnas eletrônicas são utilizadas no país há mais de 20 anos e já foram diversas vezes testadas e comprovadas a segurança na votação.