O Governo Federal vai conceder empréstimos de pequenos valores por meio do aplicativo Caixa Tem. Cerca de 100 milhões de pessoas poderão fazer empréstimos de R$ 300 a R$ 1 mil e pagar em até 24 vezes. A novidade foi anunciada em solenidade no Palácio do Planalto, com a presença do presidente Jair Bolsonaro e do presidente da Caixa Econômica Federal (CEF), Pedro Guimarães. “O que nós estamos fazendo nessa fase é ajudar pessoas que estavam recebendo Auxílio Emergencial, e outras também, a grande maioria informais, que quando vão tomar o credito, elas pegam a partir de 15% ao mês”, ressalta Guimarães. O cliente vai fazer o empréstimo pelo próprio celular, através do aplicativo Caixa Tem, criado no ano passado para o pagamento do Auxílio Emergencial. A devolução do dinheiro terá um valor reajustado em 3,99%. Autônomos, beneficiários de programas sociais e assalariados podem pegar o crédito, mas antes serão submetidos à análise. O Governo Federal também anunciou ações voltadas para as pessoas com deficiência. Entre as medidas estão o curso de capacitação sobre acessibilidade nas delegacias brasileiras e o Programa Turismo Acessível, que promove a inclusão de pessoas com deficiência à atividade turística. Os dois lançamentos fazem parte do pacote de medidas que comemoram os 1.000 dias do governo Bolsonaro. “Eliminou-se a corrupção? Obviamente que não. Pode acontecer problemas em alguns ministérios? Pode, mas não é da nossa vontade. Vamos buscar maneira de apurar o caso e tomar as providências cabíveis com outros possível sobre aquele possível ato irregular, mas diminuiu muito a corrupção no Brasil”, ressalta o presidente da República.  Para o cientista político Valdir Pucci, a estratégia do governo é aproveitar a data comemorativa e tentar minimizar os impactos negativos causados pela crise econômica e sanitária. “É justamente tentar pautar uma agenda positiva sobre o governo. O que temos visto, principalmente depois do começo da pandemia, é uma agenda do governo e o próprio presidente não contribuindo para mudar essa situação”. Ainda segundo o especialista, a aprovação do governo Bolsonaro é a menor desde a gestão de Fernando Henrique Cardoso, e se o presidente quiser ser reeleito no ano que vem, vai ter de investir no combate ao desemprego e na alta dos preços de produtos e serviços. “Eu destaco, nesse viés econômico, a questão da inflação. Ela não atinge somente os desempregados, mas toda a sociedade”, reforça Pucci.