(Foto: Kompleta FM / AM)
Um estudo da Polícia Rodoviária Federal (PRF), em parceria com a Childhood Brasil, apresentou nesta segunda-feira (14) um mapeamento nacional dos pontos vulneráveis à Exploração Sexual de Crianças e Adolescentes (ESCA) nas rodovias federais de todo o país. Nesta edição do MAPEAR foram identificados 2.487 pontos vulneráveis à exploração sexual de crianças e adolescentes, um acréscimo de 20% em relação ao anterior.
Goiás aparece em segundo lugar nesse ranking com 55 áreas de intensa vulnerabilidade - o Distrito Federal foi incluído no cálculo goiano, mas não gerou dados específicos. Ceará, com 81 pontos críticos, encabeça a lista. O Pará está em terceiro com 52 pontos, seguido de Minas Gerais com 48 pontos e Paraná com 29 pontos.
A pesquisa percorreu 71 mil quilômetros e identificou 48 BRs com pontos vulneráveis, sendo as principais a BR-116 (com 114 pontos), BR-101 (56), BR-153 (37) e a BR-364 (26).
A Childhood Brasil considera locais que apresentam algum risco de exploração sexual de crianças e adolescentes como pontos de vulnerabilidade. De acordo com a ONG, os lugares mais perigosos são postos de combustíveis, bares, casas de show, pontos de alimentação e pontos de hospedagem.
No Brasil, assim como em outros países latino-americanos, africanos ou asiáticos, observa-se um relevante foco de exploração sexual de crianças e adolescentes. De acordo com o monitoramento, com uma corrupção endêmica e políticas públicas de educação e de assistência social ineficientes ou inexistentes, esse quadro de vulnerabilidade dos jovens se agrava com a pobreza e a miséria, criando situações favoráveis para que meninos e meninas sejam alvo da exploração sexual.
No entanto, o estudo aponta queda significativa dos pontos considerados críticos, onde é maior a possibilidade de ocorrência de exploração sexual de crianças e adolescentes. Entre 2013/2014, em comparação com 2017/2018, houve uma redução de 77 pontos, aproximadamente 14%.
Qualquer pessoa que identificar uma situação suspeita pode denunciar pelo Disque 100 ou utilizar o aplicativo Proteja Brasil.